sábado, 14 de dezembro de 2013

Eu alheio

Entre cafés e espetáculos histéricos.
Entre em minha vida neste meio tempo.
Leva a chuva pra fora, arranque-a do peito.

Entre textos e lixos neste meu quarto.
Enxergo dois terços de mim em você.
Escrevo, não cala, sinto os ouvidos, erótica fala.

'A luz apaga'

Me cego se pego um poema de outra autoria.
Um daqueles que pareciam descrever você.

'A luz acaba'

Falavam dos olhos de lua da amada.
Dos lábios sutis, bochecha quase rosada.
Do cabelo negro, de branco e de índio.
Do banho e da noite, talvez foi comigo!

'Abre as janelas'

Agora sou eu quem cuida dela.
Essa poesia sincera, esse amor europeu.
Que sofre, que ama, pergunta e exclama:
- Quem me amou se o amor é todo teu?

Álisson Bonsuet.

Um comentário:

  1. Prezado Állison, meu nome é Paulo Cézar da Paz, e fui colega de seu pai, Bonaparte Menezes, no Caraça, em 1965-66. Eu era muito amigo dele porque éramos muito apegados à literatura e me lembro que ele costumava recitar poesias nas horas do recreio e era fã de Castro Alves. Estou curioso para saber do paradeiro do Bonaparte. Como ele está? Ele está trabalhando ainda e deu sequência à sua veia artística? Gostaria muito de ter notícias dele e espero que sejam boas. Por favor, responda-me pelo e-mail pcezarpaz@gmail.com ou escreva em minha linha do tempo na internet.

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