quarta-feira, 2 de abril de 2014

Ensaio sobre a odisseia lá no quarto

Abro os olhos, consigo enxergar o teu corpo, são quase três da manhã, tudo está escuro, só você brilha. Passo os dedos em tua boca, você se revira, tomo cuidado para não te acordar. Os olhos se fecham novamente e sorrio por dentro, as águas correm, que felicidade ter ali a minha guria; tomo um susto, tua perna pousa sobre a minha inconscientemente, é incômodo e ao mesmo tempo engraçado, deixo ser. A dor que batia no peito por desejar um cigarro sumira, eu estava contigo, meu amor. 
O ventilador faz um ruído chato, um vizinho bate a porta, a cortina perde a guerra para o sol e a claridade me atormenta, finalmente ponho os pés no chão e acordo, olho pro outro lado da cama, pros livros, pra lâmpada... Percebo, este foi o melhor sonho que um homem poderia ter criado.

Bonsuet.


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